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DicasDecorando com memórias

Objetos que ganham novas funções, nos trazem lembranças e nos situam na história.

Conhecer o nosso passado, saber que muitos já viveram antes de nós e nos deixaram um legado sobre o qual podemos nos apoiar, é uma das maiores fontes de segurança que podemos ter. E muitas dessas memórias estão em objetos que carregam marcas e perpetuam histórias que, sem eles, poderiam ser esquecidas.

A tigela de cerâmica da avó, a máquina fotográfica e de escrever, o baú de viagem de quando o seu avô chegou ao Brasil, aquela louça que sua mãe ganhou de casamento: tudo isso conta uma história.

É por isso que, hoje, a nossa conversa será sobre mobiliário e objetos vintages (se preferir, antigos), e como eles podem ser integrados à decoração contemporânea.

Mas antes, uma nota: é importante saber que vintage é diferente de retrô. Enquanto o vintage é algo usado e que traz consigo as marcas do tempo, retrô é algo novo com uma carinha de antigo.

Não há nada que dê mais alegria a um arquiteto e designer de interiores do que clientes que possuem um acervo de objetos e móveis com significado. Não, não estamos falando dos acumuladores, mas daqueles que sabem selecionar o que de fato fala sobre eles.

Já falamos num post anterior que os objetos dão alma à casa, porém, os objetos antigos vão além, pois instigam a nossa imaginação e nos fazem pensar em épocas remotas.

Por isso, aqui vão algumas dicas de como fazer estes itens brilharem na sua decoração:

Brinque com contrastes

Unir o antigo com o novo é a melhor forma de equilibrar a decoração. Emoldure o seu objeto vintage com uma vitrine de acrílico. Não há nada mais contemporâneo do que este material.

Além disso, ao dar este destaque, você acaba tratando este objeto único e cheio de história como um pequeno tesouro.

Dê novos usos aos objetos antigos

A A.D Studio, loja de objetos e móveis antigos de Paloma Danemberg, no Rio de Janeiro, faz muito bem esta mistura. São caixas de engradados que viram revisteiros, baús que viram mesas de centro e laterais, e gibis que emoldurados viram quadros.

A criatividade nesses casos é sua aliada, mas não deixe de pesquisar por referências.

Não tenha medo das marcas do tempo

O que traz autenticidade aos objetos antigos são as suas marcas, por isso, não tenha medo delas. Uma madeira, na sua formação ao longo dos anos, nos deixou seus veios, e o nosso uso deixará marcas, por isso, não crie a neurose da proteção com vidro ou plástico.

Lembre-se de que as coisas estão para nos servir, e não o contrário

O nosso papel como profissionais está em ajudar a organizar esta narrativa pela casa, nas mesas de centro, estantes, paredes e mesas laterais. Não se trata, evidentemente, de transformar a casa em uma loja de antiguidades, mas de mostrar que o antigo pode conviver com o novo.